segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Pintura Românica

A pintura do românico não teve um desenvolvimento súbito e revolucionário, tal como aconteceu na arquitectura românica. Ela seguiu a tradição pictural, sobretudo nas iluminuras de manuscritos (como o do Evageliário de Corbie) e praticou-se, sobretudo, em duas modalidades:
  • Pintura de grandes dimensões, utilizada na decoração de interiores, principalmente nas igrejas;
  • Pequena pintura, para ornamento e ilustração em livros: iluminuras.
Existiu nas seguintes formas:
  • frescos
  • retábulos
  • mosaicos
A temática dominante é a religiosa, tal como na escultura.
É a narração de feitos bíblicos e religiosos como a vida de Cristo. As técnicas formais e estilísticas empregues variam consoante as regiões. Isto deve-se ao ensino do artista nas escolas ou oficinas em que mestres de gerações diferentes ensinavam a arte.
A diversidade formal e técnica da pintura do românico é identificada por:
  • a prevalência do desenho;
  • a falta de rigor anatômico nas figuras, representadas com proporções disformes e deformadas com tendência para a geometrização dos corpos;
  • as posições demasiado desarticuladas;
  • as cores aplicadas a cheio, ou seja, planas e sem sombreados ou outros efeitos;
  • os cenários são abstractos e sem grande importância e cuidado, normalmente são lisos ou inexistentes;
  • as composições são geometricamente complexas e desorganizadas;
  • as cenas dispostas da esquerda para a direita, de cima para baixo e ajustadas, por vezes separadas por frisos com motivos geométricos e naturalistas.
    Estas características não conferem realismo, mas antes, um poder simbólico e sobrenatural.

Escultura Românica


A escultura do românico insere-se, de um modo geral, dentro dos objectivos artísticos do movimento, nomeadamente a comunicação entre a igreja católica e o fiel, naquele que é o reino de Deus na Terra, o templo. Deste modo a escultura vai assumir uma íntima relação com a arquitectura, inserindo-se no seu espaço como um elemento complementar, e dedicando-se, principalmente, ao ensinamento de cenas bíblicas através de relevos em pedra compreensíveis ao crente leigo.
É no românico, a partir do século XI, que se dão a conhecer as primeiras obras de escultura monumental a surgir desde o século V, período em que deixam de existir peças de vulto redondo (peças tridimensionais) e se observa uma maior produção de pequena estatuária e trabalhos em metal, desenvolvidos durante o período pré-românico.
O factor de impulso da nova produção escultórica vai ser o caminho de peregrinação em direcção a Santiago de Compostela, ao longo do qual vão ser erigidas novas igrejas, sob organização da Ordem de Cluny. Estes templos, construídos em locais de passagem neste período de fervor religioso, são virados para o acolhimento espiritual do peregrino e para a exposição de relíquias. A França e o norte de Espanha são assim os locais onde se podem observar os primeiros exemplos da produção escultórica românica aplicados à arquitectura.

Arquitectura Romana



Arquitectura Românica


A arquitectura românica é o estilo arquitectónico que surgiu na Europa no século X e evoluiu para o estilo gótico no fim do século XII. Caracteriza-se por construções austeras e robustas, com paredes grossas e minúsculas janelas, cuja principal função era resistir a ataques de exércitos inimigos. As conquistas de Sancho de Navarra e Aragão, alargando o seu domínio, desimpediram o que viria a ser o famoso «caminho francês» para Santiago de Compostela, cuja célebre catedral (posteriormente reconstruída em 1705) é o mais acabado monumento peninsular da nova arquitectura românica, obedecendo ao padrão dos templos de peregrinação, como São Saturnino de Toulouse. O alçado do alta nave de Santiago inscreve os arcos redondos, o andor do trifório, e colunas adossadas à parede, donde arrancam os arcos torais da sua abóbada de berço

Pintura Romana



A pintura da Roma Antiga é um tópico da história da pintura ainda pouco compreendido, pois seu estudo é prejudicado pela escassez de relíquias. Boa parte do que hoje sabemos sobre a pintura romana se deve a uma tragédia natural. Quando o vulcão Vesúvio entrou em erupção no ano 79 d.C. soterrou duas prósperas cidades, Pompéia e Herculano. Grande parte da população pereceu, mas as edificações foram parcialmente preservadas sob as cinzas e a lava endurecida, e com elas suas pinturas murais decorativas. A partir do estudo desse acervo remanescente se pôde formar um panorama bastante sugestivo da fértil e diversificada vida artística da Roma Antiga entre fins da República e o início do Império, mas esse conjunto de obras é na verdade apenas uma fração mínima da grande quantidade de pintura produzida em todo o território romano no curso de sua longa história, e justamente por essa fração ser muito rica, faz lamentar a perda de testemunhos mais significativos e abundantes dos períodos anterior e posterior, em outras técnicas além do afresco e de outras regiões romanizadas para além da Campânia.

Escultura Romana



A escultura da Roma Antiga desenvolveu-se em toda a área de influência romana, com seu foco na metrópole, entre os séculos VI a.C. e V d.C.. Em sua origem derivou da escultura grega, primeiro através da herança etrusca, e logo diretamente, pelo contato com as colônias da Magna Grécia e com a própria Grécia, durante o período helenista. A tradição grega permaneceu uma referência constante ao longo de toda a trajetória da arte escultórica em Roma, mas contradizendo uma antiga e generalizada opinião de que os romanos foram apenas meros copistas, hoje se reconhece que foram capazes não só de assimilar e elaborar suas fontes com maestria, mas também de dar importante contribuição original a essa tradição, visível em especial na retratística, gênero que gozou de prestígio singular e deixou exemplos de suma perícia técnica e elevada expressividade, e na escultura decorativa dos grandes monumentos públicos, onde se desenvolveu um estilo narrativo de grande força e caráter tipicamente romano.

Arquitectura Romana


A arquitetura romana deriva da arquitetura grega, embora diferenciando-se nas suas características próprias. Alguns autores agrupam ambos estilos designando-os por arquitetura clássica. Alguns tipos de edifícios característicos deste estilo propagaram-se por toda a Europa, nomeadamente o aqueduto, a basílica, a estrada romana, o Domus, o Panteão e o Arco do Triunfo.
Os monumentos romanos se caracterizam muito pela solidez; aprenderam com os etruscos o emprego do arco, assim como a abóbada ou teto curvo, que os gregos e egípcios não conheceram. Construíram também catacumbas, fontes, obeliscos, pontes, templos.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Roma como um Imperio


Após vencer Marco Antônio, Otávio assumiu o poder e procurou estabelecer uma relação harmônica com o Senado. Um resultado disso são os vários títulos que os senadores lhe concederam, como: Príncipe (mais importante cidadão do mundo romano), Augusto (divino), Imperador (general vitorioso), etc.

Durante os mais de 40 anos de seu governo, Otávio elaborou políticas que favoreciam tanto os nobres, concedendo aos mesmos os mais altos cargos públicos; e os plebeus, concedendo a eles, terras e até mesmo dinheiro, na chamada política “pão e circo”. O resultado do governo de Otávio foi um longo período de paz e prosperidade, conhecido como Paz Romana.

Roma como Républica


Na República, o lugar do rei foi ocupado por uma série de altos funcionários, os magistrados. O Senado passou a ser então, o principal órgão político de Roma.

O período da República foi marcado pela constante disputa dos plebeus por melhores condições de vida e por terem privilégios e direitos semelhantes aos dos patrícios. Embora constituíssem a maioria da população, os plebeus não tinham direitos políticos, não podiam casar com os patrícios, além de se tornarem escravos quando não pudessem pagar suas dívidas.

Os romanos tinham um exército grande e organizado, por isso realizaram grandes conquistas militares.

Roma passou a dominar uma extensa região, intervindo na Macedônia, na Grécia, em vários reinos da Ásia Menor e no Egito. Como conseqüência destas conquistas militares, podemos citar o crescimento do comércio romano, o contato com a cultura de muitas regiões, além do crescimento da economia.

No final do período da República, se via uma grande diferença na sociedade romana: de um lado, a massa de plebeus pobres e miseráveis; de outro, a nobreza sustentando luxos. Diante dessa situação, os irmãos Tibério e Caio Graco, tributos da plebe, tentaram uma reforma agrária, propondo a distribuição de terras entre camponeses plebeus e limitações ao crescimento dos latifúndios. A proposta não foi aceita pelo Senado e os irmãos Graco acabaram sendo assassinados.

Com a morte de Tibério e Caio Graco, um clima de desordem e agitação tomou conta nas cidades romanas. Isso fez com que diversos chefes militares lutarem pelo poder. primeiramente a ascensão de Mário e Sila, sucedidos pelo Triunvirato de Crasso, Pompeu e Júlio César; e pelo Segundo Triunvirato, formado por Otávio, Lépido e Marco Antônio.

Roma como Monarquia


Nos primeiros cem anos da Monarquia, Roma era apenas uma pequena aldeia. Com a conquista dos etruscos, ocorreu uma rápida modernização da cidade. No período da Monarquia, a sociedade romana era dividida em:

- Patrícios: grandes proprietários de terras e escravos, privilegiados e detentores de direito político.
- Plebeus: pequenos proprietários e comerciantes, eram livres, mas não participavam da vida política.
- Clientes: prestavam serviços aos patrícios e em troca recebiam proteção e benefícios econômicos.
- Escravos: prisioneiros de guerra sem direitos.

Neste período, Roma era governada por um rei, chefe militar e religioso supremo com cargo vitalício; pelo Senado, reunião dos chefes das famílias patrícias que elaboravam as leis e limitavam as ações do rei; e pela Assembléia Curiata, formada por todos os patrícios adultos e que discutia e votava as leis elaboradas pelo Senado.